agora, segundo Marc Bloch in: "Apologia da História ou o Ofício do Historiador"
prefácio de Jacques Le Goff
"Entrar no teor deste livro é portanto grave. Trata-se de um tema sério, abordado em uma situação dramática. No entanto, Marc Bloch logo reencontra e repete uma das virtudes da história: "ela distrai". Antes do desejo de conhecimento, ela é estimulada pelo "simples gosto". E eis reabilitados, num lugar decerto marginal, limitado, a curiosidade e o romance histórico colocados a serviço da história.(...)
É preciso, portanto, para fazer a boa história, para ensiná-la, para fazê-la ser amada, não esquecer que, ao lado de suas "necessárias austeridades", a história "tem seus gozos estéticos próprios". Do mesmo modo, ao lado do necessário rigor ligado à erudição e à investigação dos mecanismos históricos, existe a "volúpia de apreender coisas singulares"; daí esse conselho, que me parece também muito benvindo ainda hoje: "Evitemos retirar de nossa ciência (histórica) sua parte de poesia".
Escutemos bem Marc Bloch. Ele não diz: a história é uma arte, a história é literatura. Frisa: a história é uma ciência, mas uma ciência que tem como uma de suas características, o que pode significar sua fraqueza mas também sua virtude, ser poética, pois não pode ser reduzida a abstrações, a leis, a estruturas."
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