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domingo, 2 de outubro de 2011
nós os mesmos
ensimesmados
mamando na teta da vaca mãe
sob o mesmo giral
em que ela pariu
belzebus
desnutridos.
serpentes
voadoras
dançando enroscadas
em guarda-chuvas abertos
translúcidos
em dias que a chuva não cai
não molha
não verte
não teima
sua aventura
arrastar-se
serpenteando
cruel
devoradora
em cima de carne morta
isso assim
meigo
humano e doce
carnificina
devoras carne podre
burguês pobre
sem conta no banco
a espera de algum trocado
"...pra dar garantia"
a crueldade lhe cai bem
combina com seus olhos
orna com tua boca
respira fundo
tudo
indo
deveras humano
fraco
tardio em febre
cospe saladas doces
ovos e mel
não preciso nem ovos
nem mel
mato minha fome com formigas
vivas
entram em mim vivinhas
caminham dentro
em fila
carregando nódulos
bolas de sangue
prefiro crianças malvadas
matam formigas.
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