clarear o obscuro.
tarefa difícil,
caros e devotados
amigos.
estou como um gato preto
nas ruas,
embaixo das mesas
de bares
em calçadas sujas.
queridos,
vou
porque preciso me
re-encontrar.
perdido,
não continuo a minha,
a sua,
a nossa
história.
gato preto
revirando o lixo.
preciso me alimentar.
agora.
arroz com feijão,
amor com perdão.
saladas de alface
crespas...
crocantes.
perdoem-me
amigos.
preciso partir.
deixo
o muito de mim
que em vós
recriei (...)
revivi (...)
recobrei (...).
preciso partir.
tudo em mim
está partido.
vejo cores
ali,
logo ali.
bem ali.
onde todos vocês
re-unidos,
esperam
meu eu partido,
para com linhas
amigas,
costurarem (...)
cingirem (...)
remendarem (...)
um
eu
em vocês.
mas ainda
o mesmo,
aquele mesmo
de
um ontem
ferido (...)
cingido (...)
partido (...).
amigos refeitos.
anjos ?
asas imensas
sombreando
minha tristeza
encolhida.
tristeza partida,
fluida,
rarefeita,
desfeita.
tristeza?
onde?
quando?
um dia, quem sabe?
não saberei mais
o que é tristeza.
vou re-aprender a
Alegria
que nasce maiúscula.
(em 05 de maio de 2011 a caminho de casa)
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