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quinta-feira, 31 de março de 2011

arco sorriso

pau brazil
de um
brazil
que não existe mais

uma história
nova
vai começar...
o arco
sorriu
violinices
pra mim


que lindo violino
esse
em mãos
que eu ainda
não
cheirei

sinto
o ar doce
em
anúncios orquestrais
e
futuros!


vamos todos plantar
florestas
de pau brazil !
e fazer florir
orquestras
em
"arcosorrisos"


(inspirado num fim de tarde de uma quinta feira de fim de março)

segunda-feira, 28 de março de 2011

fim. bem assim.

requiem 
de amores vãos que a dor de sangue, escorrendo em rios, resume.
(Conto de juliano borges IN: Revista da Academia Sul mato-grossense de Letras. nº 18 DEZ.10)

sexta-feira, 25 de março de 2011

aviso

não tenho escrito nos últimos meses... Mas tenho lido muito... e tudo que leio,  é carta de amor melhor escrita que a você os melhores escritores e compositores tem escrito...

reescrevo o meu amor por você em tudo que leio.

esse sou eu a caminho...

Carta aberta à Jefferson Barros em, musicais e literárias, referências de amor

e começou assim:




"Mas eu olhava esse menino, com um prazer de companhia, como nunca por ninguém eu não tinha sentido."
(Grande Sertão Veredas - Guimarães Rosa)






e assim, com a minha e a sua esperança,  ela vai terminar... ou ... recomeçar:




"O sol há de brilhar mais uma vez / A luz há de chegar aos corações / Do mal será queimada a semente / O amor será eterno novamente"
(Juízo Final - Nelson Cavaquinho e Elcio Soares)



















terça-feira, 22 de março de 2011

justificando a leveza da culpa






“Descontente com todos e descontente comigo mesmo, quero me restabelecer e reaver um pouco do meu orgulho no silêncio e na solidão da noite. Almas daqueles que amei, almas daqueles que cantei, fortaleçam-me, apóiem-me, mantenham longe de mim a mentira e os vapores corruptores do mundo; e tu, Senhor meu Deus, conceda-me a graça de criar alguns belos versos que provem a mim mesmo que não sou o último dos homens,  que não sou inferior àqueles que desprezo.”


Último parágrafo do poema em prosa “À une heure Du matin” (À uma hora da manhã), de Charles Baudelaire (1821 – 1867), poeta simbolista francês.





segunda-feira, 21 de março de 2011

ar de áries se aproximando...


"Quando se fala do solitário, sempre se pressupõe demais. Acredita-se que as pessoas saibam do que se trata. Não, não sabem. Nunca viram um solitário, apenas o odiaram sem conhecê-lo. Elas foram os vizinhos que o irritaram e as vozes que no quarto ao lado o tentaram. Açularam os objetos contra ele para que fizessem barulho e falassem mais alto que ele. As crianças se aliaram contra ele quando era delicado e criança e, à medida que crescia, crescia contra os adultos. Farejaram-no em seu esconderijo como se ele fosse um animal que pode ser caçado, e durante sua longa juventude não houve período em que a caça fosse proibida. E quando não se deixava esgotar e fugia, elas gritavam contra aquilo que provinha dele e diziam que era feio e suspeito. E se não dava ouvidos, elas se tornavam mais claras e comiam sua comida,esgotavam seu ar, cuspiam na sua pobreza para que se tornasse repulsiva para ele. Elas o difamavam como a um ser contagioso e atiravam pedras atrás dele para que se afastasse mais depressa. E o velho instinto delas tinha razão: pois ele era realmente seu inimigo."

Rainer Maria RILKE  em  "Os cadernos de Malte Laurids Brigge"