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terça-feira, 19 de abril de 2011
não quero mais ir à escola
não mãe... por favor ...não
não quero ir.
não mãe
não vou mais
nunca mais.
não quero.
vou queimar meus cadernos.
quero aprender em casa
por favor mãe!
me deixa ficar:
juro que vou aprender todas
as tabuadas hoje.
mas aqui
pertinho de você.
pode desligar a televisão.
pode desligar o computador.
pode cortar o telefone.
pode até quebrar o meu Skate.
mas, por favor,
me deixe ficar em casa.
tenho medo de ir à escola
mãe.
mãe?
mãe?
mãe?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
vidro de janela quebrada
estilhaços de vidro no chão
minha mãe dorme.
bala perdida.
amanhã volto pra escola.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
literatura e homoerotismo
“o essencial não é o que se fez do homem,
mas o que ele faz do que fizeram dele”
sartre, j.p.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
desejo leitores ousados
alguém aí????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
jean genet, 1985 BBC interview
não pude ser genet,
por isso
só,
por isso
só,
genetiquei um ser piorado.
assim, genet viveu e morreu em mim.
pode até ser que ,
um dia, talvez,
geneticamente modificado,
eu possa amar genet .
genet...
que vergonha da criatura que tu...
que eu...
que nós... criamos
para mim.
vou enforcar-te agora
em maços
de nicotina
engasgados !!!
câncer
na
tua
tua
garganta atolada.
vivo e morto genet !
vivo e morto genet !
meu caderno
caderno de
vinte e três pautas
ensina-me a escrever.
já escuto o rasgar
do grafite
arranhando tuas
páginas
irritantes e brancas;
falsas de um
vazio
pleno,
lento e pertinaz;
capaz;
audaz.
convocando
letras e grafias
para uma orgia literária.
daquelas em que
gramáticas são estupradas.
lembranças duma infância em que se catavam guaviras...
quero comer
guaviras pelo cú.
inteirinhas e
redondas.
deixá-las que façam
uma marcha inversa
pelo meu corpo,
até a boca
e no fim,
morder sua casca
dura,
fazê-la gozar
seu doce
líquido.
lembranças duma infância
em que se
catavam guaviras.
hoje,
vamos enfiar guaviras
ao cú.
estar: verbo futuro improvável
sei tarde
o quanto amanheci em você.
pra me acordar...
tive que gritar:
estamos surdos?!
estamos mudos?!
estamos os mesmos?!
próstatura
a cor vermelha
do
tomate
sara
minha próstata.
cura meu cú
de uma tristeza
longa...
larga...
e frouxa.
vou comer
muitos tomates.
saladas curam meu cú.
será ?
será?
sério?
será ema?
será que ela me ema?
será que me ama?
onde vive olhos azuis tão lindos?
no sul do mato?
no mato grosso?
não.
no grosso mato alagado do sul.
desejo uma série de abraços
de ti seriema !
havaianas azuis
paste cidreira
e acalme tua alma
oh... doce gelada criatura.
te oferto
minha loucura
ácida,
e minha vida curta
para que caminhes por ela
com tuas havaianas
azuis
terça-feira, 12 de abril de 2011
noousferatus in boemia cultural
dez anos de boemia cultural no ila instituto luis de albuquerque em corumbá, mato grosso do sul alagado.
fragmentos de anarco-literatura
POESIA PARA ADULTOS
com noousferatus
segunda-feira, 11 de abril de 2011
cora coralina
26 anos da morte de Cora Coralina
(…) Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Cora Coralina
O dia 10 de abril marca os 26 anos da morte de Cora Coralina, poetisa goiana. Em homenagem a Cora, o Museu Casa de Cora Coralina, na Cidade de Goiás, promove uma jornada de estudos sobre a obra da poeta de 11 a 13 de abril na Unidade Cora Coralina da Universidade Estadual de Goiás (UEG). No dia 10 de abril às 19h, será celebrada uma missa na Catedral de Santana, relembrando a artista.
“É importante salientar que são 26 anos de ausência de Cora, mas sua memória está presente também no museu, que foi a casa dela, hoje revitalizado para preservar a obra da artista”, disse a diretora do museu, Marlene Velasco.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
outono amarelo
ousei pisadas
amarelas
em calçadas
sem guias
para cegos
tropecei feio.
cai de boca
cara rasgada
orelha furada
nunca mais
all star
amarelo
nunca mais
caminho já
pisados
nunca
mais
nunca...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
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